terça-feira, 10 de agosto de 2010

Jornal Parci(on)al e os candidatos à presidência

É plenamente constrangedor observar - a "olhos nus" - a conduta adotada, até então (!), pelo casal do Jornal Nacional durante as sabatinas com os candidatos à presidência do País. Inescrupulosa, parcial, covarde e, não raro, agressiva.

Na contramão do preceito jornalístico, o casal nacional caga "verdades", acusações e regras - a seu bel-prazer. Segunda-feira (09), a candidata do PT, Dilma Roussef, foi a vítima. No dia seguinte, Marina Silva (PV), também participou da "palmatoada" do JN.

O clímax, no entanto, se dará nesta quarta (11). O entrevistado em questão não será um desafeto público das organizações. Absolutamente. Ex-governador de São Paulo, José Serra (PMDB) é o último convidado do programa. Vale atentar para a (esperada) branda linha da empresa, a qual certamente se limitará a levantar a bola para o candidato cortar, da maneira que lhe convier.

A conferir, portanto.

A saber: sobretudo aos olhos de Bonner, seguiremos, ad eternum, sendo nada além de "Homers Simpsons" - como o próprio afirmou outrora e, mais adiante, tratou de se retratar com um forjado "bom-mocismo" no Twitter, para seus fiéis seguidores. É dever cívico, pois, se livrar deste rótulo o quanto antes.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Entrevistando Fernanda Young


No ar desde 2005, o Youtube me serve, sobretudo, como um filtro natural daquilo que eventualmente perdi na tevê - com consentimento ou não. Também no emaranhado de possibilidades, busco por artistas, peças publicitárias etc. Não há mais como se negar a importância desta ferramenta, que hoje vende seu espaço para multinacionais e afins.

Neste imponente compartilhador de vídeos, tenho acompanhado algumas entrevistas de atores/atrizes - que me despertam algum interesse - no programa entitulado, sabe-se lá por que, "Irritando Fernanda Young", do canal GNT.

Ali, com frequência, são convidadas figuras interessantes, as quais são submetidas, infelizmente, a um formato de programa insosso, que, por vezes, ignora solenemente as respostas daqueles que deviam ser a atração, apenas para justificar o nome do programa. Não raro, também, a apresentadora atropela respostas para dividir suas (!) experiências com o público.

É comum, ao final de IFY, chegar a conclusão de que sabe-se mais da entrevistadora que de seu entrevistado, o que, na minha opinião, sugere duas providências imediatas: 1) alteração do nome do programa - por razões óbvias e supracitadas (sugiro, inclusive, o nome que daria) e 2) significativa expansão do cenário, a fim de que se caiba, confortavelmente, o ego, da apresentadora em questão.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Palpite

Prêmio Esso de Fotografia 2010. O Globo, 14/06/2010 - Gilvado Barbosa. Alguém tem duvida?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ah, o Carnaval...

Eis que chega o Carnaval, a festa mais popular do país. Hora de aflorar, sem contrangimentos e com condescendência da maioria, o lado feminino reprimido; externar a debilidade justificada; parar o trânsito sem represálias; ver motorista de ônibus falar, de sorriso aberto, mais que o indispensável; interagir com tudos e todos sem que pareça invasivo e, claro, marcar o início do ano na República.

Está nítido que a data, a exemplo do réveillon (do qual tratei no último post), não goza do meu prestígio. Ainda assim, respeito quem gosta - até porque tenho amigos que esperam ansiosamente pelo momento. Tudo certo. Admito ser eu o "estranho no ninho". O errado. Por isso não reclamo, mas de maneira alguma me misturo.

Peço desculpa aos eventuais leitores, mas meu tempo, felizmente!, está cada vez mais escasso. No entanto, não pretendo deixar este singelo espaço no qual desabafo (e esta é uma necessidade da qual não abro mão), mas devo confessar que minhas postagens serão esporádicas - como não poderia deixar de ser.

Bom carnaval.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz 2010!

Neste exato momento, escrevo-lhes de Copacabana - onde, aliás, trabalho. No caminho para cá, fui reparando o cenário com atenção. Com sinceridade, respeito, mas não consigo entender o que motiva este verdadeiro rebanho amestrado àquela procissão até à luz daqueles espocos celestes reincidentes e pouco inovadores. Talvez seja só a necessidade de comemorar algo.

Mas não cabe a mim tentar entender - até porque nunca vou. Afinal, desde sempre é assim.

Penso, sim, seriamente em comemorar, também na praia, a chegada do horário de verão - e, claro, o fim também. Por que não? À meia-noite, todos juntos saudaremos o adiantamento dos relógios. É verdade que a data terá de ser decretada como feriado, mas este com certeza é o menor dos problemas. Quem me acompanha?

Feliz 2010 a todos!

sábado, 12 de dezembro de 2009

A "merda" do presidente

Não me impressiona - pois tenho clara as reais motivações de determinados veículos em explorar essas coisas - o espaço dado ao "palavrão" presidencial durante a cerimônia de assinatura de contrato do programa social "Minha casa, Minha vida", em São Luís, no Maranhão.

A maneira como a mídia aborda o assunto (manchetes como: "Lula fala palavrão em cerimônia...") me remete invariavelmente à infância, quando crianças berram, batem os pés para conseguirem o que desejam. E, geralmente, os pequeninos conseguem. Já não posso dizer o mesmo do PiG...

Após proferir a "palavrinha feia", o presidente foi ovacionado pela população ali presente, é bom que se diga. Sem dúvida, é também por isso que Lula alcança índices jamais antes vistos. Fala a língua do povo - no sentido mais miserável da palavra. E mais: de fato, preocupa-se com a população pobre desse país - cá pra nós: é isso que incomoda a classe média. Os programas sociais do Governo Federal pouco ou nada influenciam na vida da classe média e alta do Brasil. Mas àqueles que nada têm, metade é o dobro. E é bom que ressalte: a MAIORIA deste país - quer queiram vocês ou não -, infelizmente, está na MERDA da qual Luís Inácio se esforça, a olhos vistos, para tirar.

Meu total apoio ao presidente (eleito a personalidade do ano pelo jornal espanhol El País) deste país cuja mentalidade média é uma MERDA. Lamentavelmente.

domingo, 22 de novembro de 2009

O caso do vestido

Iwi Onodera/EGO

Depois de muito tempo, não consegui me conter e, sim, serei mais um a pitacar, de forma pública - já que na faculdade fora pedido, como trabalho, um artigo dos alunos - o caso de Geysi.

Partindo da premissa que norteia o imaginário comum, isto é, de que a estudante de Turismo da Uniban fez isso para aparecer, afinal, o objetivo é a fama que já dura mais de 15 minutos, diretamente estamos admitindo que a moça, que não demonstra tanta inteligência como supõem estes, imaginou, ou pior, idealizou toda a situação. Sabia ela que a sua saia daria tanto pana pra manga assim. Desta forma, seria mais plausível ouvir Geysi no que diz respeito a premonições acerca do tão esperado/explorado fim do mundo.

Hoje, fala-se em trabalhos para a Playboy - desmentido pela estudante que, no entanto, não descartou a hipótese, se pintar -, desfile no Carnaval do Rio etc. O que há de concreto são inúmeras participações em programas televisivos.


Quando falo em "imaginário comum", levo em considerações observações pessoais acerca do tema. Sábado passado, por exemplo, Geisy foi ao Altas Horas, da Rede Globo. Entre mensagens, constrangidas e inseguras, de apoio, Geisy recebia verdadeiros sermões dos jovens da plateia, sob ovação da massa. Nem mesmo a convidada daquela noite, a casseta Maria Paula, demonstrou convicção em seu apoio.

Reprodução/Internet
É imprescindível, ainda, analisar a veste da moça - razão maior do furor daqueles milhares de misóginos. Vamos partir do óbvio. Curto? Curto. Com que objetivo usam, as mulheres (!), roupas assim? Para mostrar a parte desnuda. Portanto, pergunto-lhes, que diferença há entre o vestido da estudante (que, convenhamos, de interessante não sequer o corpo) e os habituais decotes, por exemplo? A única me parece ser a parte oferecida visualmente.

Inadmissível foi a maneira como lidou a Uniban, ao expulsar a estudante. Assim, fez ré uma cidadã em um caso no qual seria, e só assim poderia ser, vítima. Ademais, há de se lamentar o comportamento de intolerância, preconceito, assédio moral e, sobretudo, hipocrisia. Não só dos estudantes daquela Universidade, mas também desta sociedade que consome tanto telenovelas nas quais a nudez é desvelada, quanto o carnaval. A estudante colhe, pois, de forma justa, os frutos da humilhação sem precedentes. Por razões óbvias, não durará. Mas aí já cabe outro artigo...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Intervozes - Levante sua voz

Intervozes - Levante sua voz from Pedro Ekman on Vimeo.

Didática genial para explicar o óbvio imperceptível e irrespeitável.
Aborda, ainda, a responsabilidade que cabe aos que detêm o direito à Comunicação.
Muito bem escrito, editado e finalizado.

domingo, 15 de novembro de 2009

Pérola dominical

Proferida por Marlene, eleita, há 60 anos, a "Rainha do Rádio". Na ocasião, vale dizer, desbancou Emilinha Borba. Marlene, cuja história mereceu 5 páginas da Revista O Globo deste domingo, hoje tem 86 anos.

"(...) Não é à toa que a maior parte dos meus amigos é homossexual (...) E posso dizer que, em algumas coisas, o homem aguenta bem mais que a mulher."

Creio não haver nenhum tipo de dúvida quanto a isso - se é que me entendem. Eis, pois, o dia em que a outrora Rainha do Rádio passou, meteoricamente, a Descobridora da Pólvora. Meus parabéns!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Frase do dia

Do sempre genialmente cínico Bruno Mazzeo, analisando a cena carioca:

"Na última vez que veio ao Rio, a Madonna encontrou Jesus. Agora, pelo calor, é capaz de encontrar o Diabo."


Saiu na hoje coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos.

Pelo que se tem notícia, o parasita veio com a diva. A briga promete ser boa.

domingo, 25 de outubro de 2009

Pastor Pilão

Apreciador confesso da programação IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) - não por ser 'militante', mas por razões inúmeras outras -, sinto-me na obrigação de dividir isso com aqueles que leem isso aqui. Encarem da maneira que preferirem.




Embora assista com alguma frequência a programação pastoril matinal, perdi esse episódio. Mas, por sorte, temos o YouTube que não nos priva desses momentos.

Enviado pelo amigo de curso Vinícius Perazinni.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um homem também chora, menina morena...


Parafraseando o mestre Gonzaguinha.

Ótima coluna de Xexéo, no GLOBO de hoje (21). Vale a leitura. Para tanto, basta clicar na imagem. Desfrutem.

OBS.: Devo admitir. Sou dos que choram.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Bota fogo nisso!

Curiosamente essa informação saiu na coluna Gente Boa (15), de Joaquim Ferreira dos Santos. Segundo a Associação Brasileira de Mercado Erótico e Sensual (?), as mulheres brasileiras têm ido às compras também (!) nos sex shop deste país.

O "brinquedinho" preferido das moças, fogosamente ávidas, ainda é o pênis de silicone (vulgo consolo). Paralelamente - mas não paradoxalmente - o Rio faz força para ser escolhido, também, como Melhor Destino GLS do Mundo, como já havia alertado há algum tempo aqui. Sinal de algo de podre no reino da Dinamarca, não é mesmo? Há, no mínimo, fogo demais para bombeiro de menos.

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Mas tudo isso é preocupação para esse pessoal do Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste. De acordo com a pesquisa da Mosaico Brasil (confira), encomendada pela USP, o morador de Manaus (cof, cof..) é o mais satisfeito em sua vida sexual: apenas 15,8% dos homens e mulheres demonstram alguma insatisfação. Os amazonenses não brincam em serviço - ou brincam lá, inclusive, dependendo do prisma.
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Qualquer aparente alusão do título deste post com o time do autor¹ que vos escreve é, sim, mera coincidência.
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¹ Diego é botafoguense, amazonense e heterossexual assumido.

Homenagem aos mestres

É com imenso prazer que, por mais uma vez, publico uma coluna em sua totalidade. Desta vez, extraí do blog Rio Acima do jornalista Marcelo Migliaccio. O post, em homenagem ao Dia do Professor - mais feriado desta cidade que quase não para - traz questões bem pertinentes, dentre as quais faço questão de destacar esse parágrafo:

"
Aprendi na escola pública que a mistura é sempre benéfica. Na escola de elite, era o samba de uma nota só. Todas as crianças parecidas, com gostos, hábitos e educações parecidas. Na pública, não. Classe média, misturada com classe operária e com os filhos de militares que serviam nos quartéis da Praia Vermelha. Havia muito mais troca entre as crianças, muito mais aprendizado. Diversidade é fundamental. (...)"

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O Dia do Professor

Ainda lembro do primeiro “não” que o mundo me disse. Foi no jardim da infância do Colégio Fontainha, que ficava ali na Praça General Osório, em Ipanema. Algumas crianças levavam brinquedos e eu perguntei ao Miguel (como esquecer o nome?) se me deixaria brincar com o que ele trouxera.


– Não.


Fiquei chocado, só ouvira negativas até então dos meus pais, sempre ditas com amor. Mas a indiferença daquele garoto me deixou sem ação. Tanto que gravei o rosto dele na memória irremediavelmente, colorindo uma folha de papel com a língua de fora – tem gente que colore mordendo a língua.


O Fontainha (isso é nome?) foi minha primeira escola. A criança que levasse um lenço ganhava uma bala do diretor no portão de entrada. Eles deviam estar fartos de limpar o nariz da garotada e instituíram a premiação. Fiquei pouco tempo, acho que peguei coqueluche e só voltei a estudar no ano seguinte, o ano em que o homem pisou na Lua, 1969.


Fui para o Souza Leão, no Jardim Botânico, uma escola inesquecível, aquele cheiro de Parque Lage permanentemente no ar. No primeiro dia, cheguei atrasado, e ainda por cima, sem meu uniforme, que não havia ficado pronto. Imagine! Me senti “o” estranho, todo mundo olhando, horrível. Sorte que a Raquel era uma ótima professora, linda. No pré-primário, tudo que queremos, e precisamos, é ter uma professora linda... e a Raquel era.


Fiquei no Souza Leão até o segundo ano primário, que hoje deve corresponder a algo como primeira fase do ciclo básico do ensino fundamental do ano dois. Terminologias à parte, no segundo primário eu ficava maravilhado quando via o Reginaldo, funcionário da cantina, batucar no balcão. Nunca tinha visto ninguém batucar, e ele ainda cantava ao mesmo tempo. Achei fantástico.


No Souza Leão, eu estudava em meio à nata da nata. Filhos de artistas consagrados como Fernanda Montenegro e Chico Anysio; de banqueiros; de grandes empresários. Quase todo mundo chegava de chofer, mas eu vinha no ônibus escolar, já que meus pais, felizmente, sempre souberam que uma boa escola para um filho vale qualquer sacrifício. Um dia, meu pai foi me levar na sua picape surrada, e eu entrei na sala dizendo que tinha vindo com o “meu chofer”. Ah, também mentia que tinha dois irmãos. Todos lá tinham e me incomodava ser filho único.


No final de 1971, mudamos de Ipanema para a Urca e meus pais me colocaram numa escola pública municipal, a Minas Gerais, que era praticamente do lado da minha casa. Você pode imaginar o choque. Do seio da elite aos braços do povo.
No Souza Leão, havia somente um aluno negro. Um não, dois, no meio de mais de 500 brancos. No Minas Gerais, muitos negros, entre eles os gêmeos Cosme e Damião, filhos de uma empregada doméstica que tinha também uma filha, mais velha, chamada Rosemary.

Aprendi na escola pública que a mistura é sempre benéfica. Na escola de elite, era o samba de uma nota só. Todas as crianças parecidas, com gostos, hábitos e educações parecidas. Na pública, não. Classe média, misturada com classe operária e com os filhos de militares que serviam nos quartéis da Praia Vermelha. Havia muito mais troca entre as crianças, muito mais aprendizado. Diversidade é fundamental.


Eu não sabia o que era pobreza até ver uma colega com a camisa furada e a saia remendada. Se tivesse ficado no ótimo e delicioso Souza Leão, talvez não soubesse até hoje.


Mas escrevi este texto porque na quinta-feira é Dia do Professor. Tive grandes mestres, tanto nas duas escolas citadas quanto no São Vicente de Paulo, onde fiquei da sexta série até o vestibular. Quem me ensinou a escrever direito foi Antonio Farias, um cearense que exigia redações sem o verbo "ser" e sem repetição de palavras; Palhares tornou a química interessante; Cesar ensiava geografia e humanismo; Zacarias dava uma aula de história melhor que um documentário; Claudio não precisava de régua e compasso para traçar retas e círculos; Antonio Sergio, no meio de uma aula de física, encontrava brechas para criticar os homens por darem mais valor a carros do que a pessoas; e tantos outros. Que injustiça cometo ao omiti-los aqui.


Não poderia mencionar todos eles, porque, graças a Deus, foram muitos, desde Maria de Lourdes Cunha e Carmem Ponsati, no primário. Mas, onde quer que estejam, vai aqui meu agradecimento sincero e emocionado por terem me ensinado, principalmente, a pensar.

Para ler este post no blog do autor: http://www.jblog.com.br/rioacima.php?itemid=16383

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pombo-correio no século XXI

Reprodução/Internet
Já não era sem tempo. Descobriram, enfim, utilidade para os ratos voadores - vulgos pombos. Com 2012 cada vez mais próximo, já estava conformado em partir sem ter conhecimento de algum proveito deste animal.

Aqui no Rio reza a lenda que pombos são como flamenguistas: tem aos montes e não servem pra nada. Maldade.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Figuras carimbadas - e anuais

111111111111111111111111111111111111111111JR/AG News
Da série Não Esqueça Que eu Existo. Sebastiana Gouvêa Morais é figura certa - mais que a morte, eu diria - ao longo das 52 semanas (e 1 dia em anos comuns; 2 dias em bissextos) que constam num ano. Reparem.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A arte de titular

Dar título a uma matéria é, antes de tudo, respeitar padrões previamente estabelecidos: 1x15, 2x20 etc. É reduzir sua matéria a um número exato e intransponível de caracteres e, ainda assim, torná-lo, obrigatoriamente, atrante ao leitor - a ponto de que se interesse pela leitura da matéria.

Dito isso, é impossível deixar de sublinhar este título, do GLOBO de ontem (12). Cedo passou totalmente despercebido. Há pouco, quando reli, notei a bela sacada obtida nos repressores 20 caracteres.

Não há como dar nome aos bois porque a matéria não é assinada. Mas fica o registro.

domingo, 11 de outubro de 2009

Ao Dia das Crianças (???)

Escrevo este post não sei nem pra quê. Aliás, sei. Estava preparando o post do próximo feriado (Dia do Professor, quinta) quando me toquei que hoje, também, era uma data malemolente. Então pensei que se escrevesse sobre o Dia do Professor em pleno Dia das Crianças, seria, no minímo, ignorar a data desta segunda-feira. Assim, haveria a possibilidade (ainda que remota) de ser lembrado do descuido por algum ávido amigo leitor deste espaço.

Portanto, escrevo, resignado, para parabenizar as remanescentes crianças (??) deste país por sua data - que certamente é mais profícua por representar mais um dia de folga.

Minha geração talvez tenha sido a última de "crianças", efetivamente. Cada vez menos tomamos conhecimento daqueles aspectos lúdicos de outrora. Brincadeiras simples e brinquedos, dão lugar a videogames cada vez mais sofistificados e celulares de todas as cores imagináveis e inimagináveis. A prática de esportes é substituída pela prática virtual. Sem remorso. Pior: muitas vezes com o aval dos pais (sustentados sobretudo pelo argumento da violência) e a preferência das crias. O namoro, que na minha infância consistia simplesmente numa troca de olhares interessados e envergonhados, procedido do coro inflamado de amigos, em uníssono ("Tá namorando!..."), tendo como ápice um encontro, dissimulado (!), das pequeninas mãos. Podendo chegar, em alguns casos, a um instantâneo selinho. Nada além disso.

O que se vê é o oposto que do se viu - há não muito mais de 25 anos. Diminutos seres se relacionando como nossos pais (só para não perder a citação, já que prefiro não imaginar a figura materna agindo daquela maneira), cada vez mais precoces. Fuçando por esta infinda rede, descobri que 12 de outubro é também Dia Nacional de Leitura - sancionado pelo presidente Lula em projeto de lei. Se ao menos a precocidade se desse nesse nível também...

Enfim, fato é que a infância hoje é algo tão comum quanto dinossauros pelas ruas.

Caso se interessem, para aprofundar o tema - por uma outra vertente não menos interessante -, recomendo o ótimo documentário de Estela Renner: Criança, A Alma do Negócio.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Jeitinho" globalizado

Não é só no Brasil que é dado aquele famoso "jeitinho" para tudo. Em Gaza, o zoológico local arrumou uma alternativa perspicaz, a fim de não perder o público: pintaram burros (os animais propriamente ditos) para que passassem por zebras.

Estará o Brasil mesmo tão em alta a ponto de influenciar lá em Gaza? Fica a pergunta.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Texto lapidar no "Observatório"

Premio vocês com a reprodução integral de um texto, oportuníssimo!, do Mestre em Comunicação pela UnB e escritor, Washington Araújo, publicado hoje no Observatório da Imprensa. Desfrutem.

Cabe ressaltar: as ilustrações do artigo não constam no original. Tomei a liberdade de fazê-lo.
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Indiferença em vez de otimismo


Por Washington Araújo em 6/10/2009


Ele conquistou auto-suficiência em petróleo, passou a ser emprestador do Fundo Monetário Internacional. Ele descobriu que dispõe de imensas reservas de petróleo na camada do pré-sal, em uma faixa de não desprezíveis 800 quilômetros entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina. Ele trouxe 20 milhões de pessoas da miséria para a pobreza e 18 milhões de pobres subiram à classe média. Ele será palco do maior evento futebolístico do mundo – a Copa do Mundo de 2014. E, de quebra, em 2016 já foi escolhido para sediar as primeiras Olimpíadas da América Latina.

Na maior crise econômica mundial pós-1929 ele encarou os desafios, esnobou a velha ordem econômica esclerosada – e em vertiginosa queda – com a alcunha de "marolinha" e foi o primeiro país a retomar o crescimento econômico. De celebrada 10ª potência econômica mundial já vem sendo anunciado, em previsão de peso-pesado do Banco Mundial, que em 2016... será a 5ª maior economia do mundo.

Em meio a barulhentos vizinhos que movem mundos, fundos, alteram Constituições tudo em esforço concertado para se perpetuar no poder, ele continua dando mostras de que a alternância democrática é o que melhor condiz com sua história e melhor será para seu futuro.

Ele é o Brasil. Aquele sempre cantado em verso e prosa como o Brasil-brasileiro e o gigante deitado eternamente em berço esplêndido. Assisti inteiramente concentrado na transmissão (por sinal muito boa) da Rede Record de Televisão, minuto a minuto, a cerimônia em Copenhague para a escolha por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) do país-sede das Olimpíadas de 2016. Assisti o nome do Rio de Janeiro ser anunciado e a algazarra (palavra com cheiro de naftalina mas muito oportuna) no salão. Depois fui conferir a maneira como o mundo se curvava ao Brasil.

Chacinas em pauta

Barack Obama diz que "vitória do Brasil (para sediar Olimpíadas) é histórica". A rede CNN destacou que "o Rio desbancou Chicago, Madri e Tóquio", o New York Times não deixou por menos e em seu site na internet destaca a escolha da cidade como a primeira da América do Sul a sediar uma edição das Olimpíadas. O principal jornal espanhol, El País, abriu longa manchete em seu site: "Madri ficou a um passo do sonho. O esforço diplomático dos últimos dias não deu frutos e o Rio se impôs na última curva".

O francês Le Monde dava a escolha do Rio como notícia principal e não deixava de alfinetar seus vizinhos: "Os brasileiros comemoram, os espanhóis lamentam", dizia um título. Até o principal diário esportivo dos hermanos, o argentino Olé, não se conteve: "Se festeja en Río, duele en Madrid, decepción en Chicago (Obama inclusive), y quién sabe qué se dice en Tokyo..." O Clarín deixou claro desde os últimos dias que a Argentina era espanhola desde sempre e passamos a acreditar que a Argentina compartilha fronteiras com o Brasil por mera ironia geográfica. Não causou mesmo espanto ver que a nossa Cidade Maravilhosa (e agora Olímpica) ganhar de Chicago, Madri e Tóquio só podia mesmo doer no âmago da alma portenha. Coisas da vida. Fazer o quê?

Mas não sei o que acontece com nossa imprensa. Na hora de mostrar otimismo fica indiferente. Dos jornais de maior circulação do país apenas o Jornal do Brasil levou à manchete o assunto das Olimpíadas. Publicou o diário carioca, na sexta-feira (2/10): "Rio 2016. É hoje!" O Globo, a Folha e o Estadão trataram mesmo foi do Enem e os dois diários paulistas, qual dupla sertaneja, elevaram ao altar principal as mesmas palavras: "PF investiga vazamento".

Temos que convir que a depender do entusiasmo de nosso jornalismo auriverde o maior evento esportivo do planeta em 2016 poderia se dar em terras madrilenhas, na Gotham City norte-americana ou na terra do Sol Nascente. Tudo, menos na ensolarada Rio de Janeiro, cidade que melhor vende a imagem do Brasil mas que freqüenta o noticiário nativo quase que unicamente através da cobertura de chacinas nos morros cariocas, nas incursões da polícia quando não de efetivos do exército para reprimir o narcotráfico ou quando nos informam do extermínio de meninos (e meninas) de rua.

Dia de celebração

Repassando as manchetes dos sete principais jornais brasileiros de sexta-feira (2/10), observamos com certo desalento que seis se ocupam do vazamento de provas do Enem e apenas um, o de menor circulação – e carioca ainda por cima – resolve dar um refresco e dá um voto de confiança ao evento de maior potencial midiático passível de ocorrer em nosso país.

É que temos especialistas no Brasil que não dá certo e pouquíssimo traquejo para com o Brasil que pode dar certo. E não me venham com a ladainha de que não temos boas notícias para apurar, assuntos interessantes para repercutir. Basta reler o primeiro parágrafo deste texto.

Que mais esperamos de bom para elevar nossa auto-estima e de quebra passar uma boa imagem do Brasil? Falta ainda termos um brasileiro pisando em solo lunar. E também o médico Miguel Nicolellis ganhar o Nobel de Medicina, Lygia Fagundes Telles trazer para o Brasil o Nobel de Literatura. E um filme brasileiro ganhar o Oscar de melhor filme. Pode até ser na categoria melhor filme estrangeiro. O Brasil poderia também ganhar assento no Conselho de Segurança da ONU, mas ainda é pouco para satisfazer nossas expectativas. É como se nossa imprensa visse o Brasil sempre com viés de baixa (para usar um linguajar típico do noticiário econômico).

Poderíamos começar a trabalhar para ter uma imprensa pautada pela ética e pela duradoura defesa dos direitos humanos. Uma imprensa que saiba distinguir opinião pública de opinião publicada, interesse público de interesse privado. E, quem sabe?, na medida em que formos transpondo as águas do rio São Francisco no Nordeste brasileiro poderíamos começar a transpor para a educação brasileira, em todos os níveis, do elementar ao superior, essa coisa chamada qualidade. De qualquer forma nada disso impede que festejemos um pouco nossas conquistas. Sonhos que foram de passadas gerações de brasileiros. Hoje não é dia de recolhimento. É de celebração. E não é todo dia que a terra descoberta por Cabral pode assistir a um placar assim: Rio, 66 votos. Madri, 32. Goleada!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A vida como ela é

Reprodução/The Sun
Agora vejam: a jovial escocesa Robyn Cairney (foto), de 18 anos, foi salva por um porco. Com um problema no coração, a bela moça teve de receber um implante de uma válvula extraída do coração do suíno. Até aí, nada demais. Não fosse o fato da moça ser vegetariana e, portanto, contra o sacrifício de animais para quaisquer fins. Tendo, no entanto, como única alternativa o implante de uma válvula do coração do quadrúpede, a escocesa não titubeou, muito embora tivesse que ressaltar - provavelmente para legitimar o assassinato do incapaz. "Sendo vegetariana, foi um grande choque. Mas isso era uma escolha de vida ou morte.", confessou ao tabloide inglês The Sun.

Eis as peças que a vida prega. Não à toa, vale ressaltar.

Em linhas gerais, é aquela história: farinha pouca, meu pirão primeiro. Confesso ser totalmente crítico em relação a essa questão de "ser vegetariano". Ou não dependemos destes alimentos para sobreviver? Nada mais é, pois, que a cadeia alimentar.

Vida longa à Robyn!

domingo, 27 de setembro de 2009

Maldade na rede

O GLOBO de hoje traz uma reportagem interessante e super pertinente sobre o uso irrestrito da rede pelos candidatos à presidência da República no próximo ano. Nela, aborda com mais destaque o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) e o deputado federal pelo Ceará, Ciro Gomes (PSB), os quais fazem maior uso da internet que suas adversárias, Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT).

A se destacar, na matéria, a gaiatice de um usuário que criou um perfil falso (no Twitter) da ministra-chefe da Casa Civil e proferiu (destaque), usando os 140 possíveis. "Não tenho medo da Marina Silva. Ela é muito verde."

Muito bem bolado - ainda que seja repudiável a atitude de se fazer passar por uma pessoa que você não é. Com todo o respeito.

sábado, 26 de setembro de 2009

Pérola da semana

"Usamos uma das alternativas, mas o policial errou o tiro. E isso pode acontecer. Sandro acabou atirando e matando a refém. O Brasil não perdeu uma Copa do Mundo porque o Zico chutou um pênalti pra fora? O policial atirou e errou. Perdemos."

Fernando Príncipe, 47, tenente-coronel - responsável pela negociação do caso de ontem, na Tijuca - relembrando (e comparando) episódio do ônibus 174, no qual o assaltante também fez reféns, mas a vítima acabou morta.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Reajusto II

Acabo de ler que o Senado, enfim, aprovou, por unanimidade, o reajustíssimo para os ministros do STF e procurador-geral da República, como havia comentado neste humilde espaço. Com a aprovação, os vencimentos passarão de R$ 24,5 mil atuais a R$ 26,7 mil. Desfrutem do merecido.

sábado, 19 de setembro de 2009

Equação simples

Reprodução Internet
Após a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas, os crimes no asfalto - como era de se esperar (ou não) - aumentaram consideravelmente. É o que informa o Instituto de Segurança Pública (ISP).

Assaltos a residências cresceram 50% no período - vale lembrar: as UPPs vigoram há oito meses.

Nem mesmo moradores da Zona Sul, área da cidade tida como nobre, estão a salvo. Só esta semana houve arrastão e/ou assalto por duas vezes no túnel Zuzu Angel e no túnel do Pasmado (Botafogo). Isso para ficar em apenas dois exemplos.

A equação para solucionar o problema que assola a cidade postulante às Olimpíadas de 2016 me parece simples como a água (aliás, a água ainda é cristalina?). O aumento imediato do efetivo policial qualificado (!) no asfalto. Há de se ressaltar que quantidade não significa qualidade. Nem de longe. Este é um ponto a se considerar pelo secretário de Segurança Pública do Rio, senhor José Mariano Beltrame.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desgraça pouca é bobagem

Na falta de tempo reproduzo e-mail pertinente e igualmente maldoso, recebido hoje. Me foi enviado, acreditem!, por um tricolor.

Colaborem! O futebol carioca agoniza.

A sua doação pode ser feita até o dia 25/10 - data da última rodada do Brasileirão. O objetivo é arrecadar fundos para a formação de uma equipe competitiva para a disputa da Série B do ano seguinte.

domingo, 13 de setembro de 2009

Pérola da semana

"Sou contra o beijo entre adultos e crianças. A boca é erotizante e a dos adultos é cheia de bactérias e fungos."

Lauro Monteiro, pediatra, sobre o caso do italiano preso em Fortaleza (CE) por beijar sua filha de 8 anos na boca.

sábado, 12 de setembro de 2009

Atos que mudam o mundo


Reservo-me o direito de não comentar. Por razões cristalinas.
Deu no JB Online.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Inimaginável


Deu no JB. Hugh Hefner, 83, fundador da Playboy, está a fim de se separar de sua mulher, Kimberley Conrad, 47, ex-garota da Playboy.

Fico me perguntando como alguém consegue firmar um relacionamento em meio a tanta tentação. Vai entender...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Deu a louca no contador...

Qual não foi minha surpresa, hoje, ao perceber quase 12 mil visitas em meu modesto blog - em menos de um mês de 'vida'. Alguém saberia me explicar?

Antes que possam indagar: não tenho qualquer acesso ao Free Counter no que diz respeito a ludibriar o medidor.

Teriam sido os caídos seios da atriz hollywoodiana responsáveis pela repentina elevação das minhas visitas? Não creio. Soa, no mínimo, paradoxal.